O 6.º H foi ao teatro

 É Urgente Preservar os Oceanos


 

No passado dia 10 de novembro, os alunos do 6.ºH, da Escola António Correia de Oliveira, juntamente com os Professores Manuela Tavares e Ricardo Luís, deslocaram-se ao Centro Ambiental de Esposende, a fim de assistirem à peça de Teatro de Marionetas “O Casamento de Krappi”.

            A peça retratou as peripécias vividas pelo caranguejo- pilado, de nome Krappi, no dia do seu casamento, que além de ter adormecido, pisado mexilhões (que logo ralharam com ele), quase ter comido uma garrafa de plástico (por ter pensado que seria um alimento), ainda terá entrado numa turbulência de marés até que, finalmente, chegou à sua noiva.

        O percurso foi realizado na companhia do lavagante e, enquanto o faziam, cruzaram-se com muitas outras espécies marinhas: robalo, congro, estrela-do-mar, peixe-porco, golfinho, raia, polvo, camarão, mexilhões, ouriço-do-mar, búzio e minhoca da praia.

      No final, a  engenheira Sandra Marques e o engenheiro Leandro Cepa resumiram a peça aos alunos e deram-lhes a conhecer melhor as espécies marinhas da história. Assim, desta forma simples, com um teatro sobre as ameaças e os riscos que os ambientes marinhos correm e que os desequilibram,  afetando toda a sua biodiversidade, promoveu-se a literacia dos oceanos e sensibilizou-se os presentes, quanto à necessidade de os proteger.

O oceano é considerado um ecossistema fundamental à vida no planeta Terra, sendo um dos principais motivos para o preservar, o fato de ocupar 70% da sua área. Boa parte da biodiversidade do planeta está, atualmente, neste ambiente.

Os oceanos são responsáveis por regular o clima e a humidade. Logo, qualquer alteração mais forte nos mares afeta diretamente essas funções, comprometendo, assim, a vida em toda Terra.

Os oceanos são capazes de absorver 30- 90% de todo o dióxido de carbono presente na atmosfera produzido pelos seres humanos, amortecendo assim, os impactos do aquecimento global e produzem mais de metade do oxigénio disponível para a nossa respiração. Logo, destruir os oceanos significaria acabar com os verdadeiros pulmões do planeta.

Além dos fatores ambientais, os oceanos precisam de ser preservados devido à sua importância financeira (via de transporte de pessoas e produtos- comércio mundial) e social, pois muitas pessoas e empresas dependem dos bens naturais provenientes deles.

Porém, a situação dos oceanos é muito preocupante. Cerca de 40% dos oceanos do mundo estão fortemente afetados por atividades humanas, tais como, pesca industrial, poluição e alterações climáticas, conduzindo a uma menor biodiversidade.

Cerca de 80% da poluição que encontramos no mar é de origem terrestre, causada pela presença de plásticos no mar e pelas descargas domésticas e industriais.

A poluição através de plásticos é considerada uma das principais causas atuais de danos ao meio ambiente marinho. Cerca de 13 milhões de toneladas de plástico acabam por ir parar aos oceanos todos os anos e, estima-se que até 2050, existirá mais plásticos que peixes nos mares!

Enquanto que a maioria dos plásticos permanece intacta durante décadas ou séculos após o uso, outros sofrem decomposição e acabam como microplásticos (pequenos fragmentos de plástico) que acabam por ser ingeridos. Como consequência, 90% das aves marinhas têm fragmentos de plástico no estômago, o que provoca doenças e até mesmo, a morte a perto de 100 mil animais marinhos por ano. Para diversas espécies de animais marinhos é difícil distinguir o que é plástico e o que é alimento (não fosse o alerta do lavagante e o caranguejo Krappi também se teria confundido). Muitos deles acabam, então, por morrer com os seus sistemas digestivos cheios de plástico. Os que resistem, chegam à cadeia alimentar humana, causando também danos (alergias, intoxicações, …).

A atividade realizada fez reconhecer a importância dos oceanos e da sua preservação, lançando o alerta para a necessidade de mudança de hábitos, medidas simples que podem ser praticadas por qualquer um, como por exemplo, repensar e reduzir o consumo de embalagens e plásticos de uso único, recolher o lixo produzido durante a permanência na praia (copos, latas, beatas de cigarro, palhinhas…), não deitar  lixo em lugares indevidos (ruas, praias, rios, lagos…), consumir produtos marinhos de empresas com hábitos sustentáveis e separar os lixos corretamente para reciclar.

Cuidemos dos oceanos para cuidar da vida fora deles!

 Trabalho realizado por: Margarida Miranda, N.º14, 6ºH

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